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Acordar cedo reduz o risco de câncer de mama, diz estudo

Mulheres que acordam cedo têm risco até 48% menor de desenvolver câncer de mama, afirma um estudo apresentado na 2018 NCRI Cancer Conference, na Escócia. Os cientistas também descobriram que mulheres que dormem mais do que oito horas por noite estão mais propensas a apresentar a doença. Esse valor aumenta em 20% a cada hora dormida a mais.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também alertou que trabalhar no período noturno pode aumentar a probabilidade de câncer em mulheres.

Os resultados obtidos demonstram a importância do sono na vida das mulheres, já que foi comprovado que ele interfere em diversas funções biológicas, inclusive no surgimento de doenças, como depressão. Por isso, a comunidade científica está sempre investigando o sono para conseguir descobrir quais modificações comportamentais podem ajudar a reduzir os riscos de doenças.

Como funcionou o estudo
A pesquisa analisou mais de 385 mil mulheres que tinham dados no projeto Biobank, estudo que investiga causas genéticas e ambientais do câncer de mama. Além disso, a equipe acessou informações sobre a associação genômica da doença, presentes no Consórcio da Associação de Câncer de Mama.

Para descobrir a relação do sono com a doença, a pesquisa usou um método que estuda as variantes genéticas que podem interferir no aparecimento de doenças e como elas podem afetar as características do sono.

Cada participante passou por uma análise de 341 fragmentos de DNA, que tem a função de controlar a propensão a ser uma pessoa diurna ou noturna. Esses fragmentos são definidos no nascimento e não sofrem alterações externas.

Resultados
Os resultados dos dados do BCAC mostrou que participantes que preferiam manhãs tinham um risco de câncer de mama 40% menor em comparação com mulheres de hábitos noturnos. A análise do Biobank indicou um valor ainda mais alto: 48%. Durante oito anos de acompanhamento, pesquisadores notaram que duas em cada 100 mulheres que tinham preferência pelo período da noite desenvolveram a doença. Em contrapartida, mulheres com hábitos diurnos são uma em cada 100.

A duração do sono é também um fator que afeta a probabilidade do câncer de mama. A cada hora a mais dormida acima do recomendado (7 a 8 horas por noite) eleva o risco em 20%.

Os pesquisadores ainda não conseguiram determinar o motivo da ligação entre esses dois fatores. Por isso, a equipe continuará a investigar para entender se as alterações nos padrões de sono seriam capazes de reduzir os riscos. “Gostaríamos de investigar os mecanismos que sustentam esses resultados já que as estimativas obtidas são baseadas em questões relacionadas à preferência pela manhã ou à noite, e não se realmente as pessoas acordam mais cedo ou mais tarde”, ressaltou Rebecca Richmond, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, ao Medical News Today.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, fatores genéticos, hereditários, ambientais e comportamentais (sedentarismo, por exemplo), e histórico reprodutivo e hormonal são os principais fatores de risco para a doença.

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