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Cientistas da UFRJ alertam para vírus “primo” do chicungunha, o mayaro

Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram um novo vírus em circulação no estado do Rio. O mayaro causa doença com sintomas semelhantes aos do chicungunha, como dores fortes nas articulações que podem durar meses.

O vírus silvestre é comum na Amazônia, mas desde 2015 pesquisadores falam da possibilidade dele se estabelecer nas grandes cidades. O estudo recém-concluído provou que isso de fato aconteceu e que, assim como o chicungunha, não há vacina nem tratamento para a doença que ele transmite.

O mayaro é originalmente transmitido pelos Haemagogos, os mesmos mosquitos florestais da febre amarela silvestre. O vírus é conhecido desde a década de 50 e, até agora, só havia causado surtos isolados em estados das regiões Norte e Centro-Oeste.

Com a chegada do mayaro às grandes cidades, cientistas descobriram que o vírus se adaptou e agora também pode ser transmitido pelo Aedes Aegypti – mosquito da dengue – e pelo pernilongo comum, o que potencializa os riscos de epidemia.

O mayaro foi identificado no auge da epidemia de zika em 2016 e era confundido com o chicungunha pela semelhança nos sintomas. Em um estudo da UFRJ da época, mais de 20% das amostras analisadas deram resultado inconclusivo. Assim, o grupo de pesquisa passou a buscar outros vírus e o mayaro foi encontrado em três pacientes da mesma cidade e que nunca haviam estado em áreas endêmicas.

Os cientistas agora buscam descobrir como o vírus se propagou. A hipótese mais grave é de que tenha sido realmente transmitido pelo Aedes ou pelo pernilongo comum, o que tornará ainda mais difícil controlar os casos da doença. Eles também buscam saber de onde veio o mayaro por meio de análises de sorologia. As principais possibilidades são que o vírus tenha vindo da Amazônia, de algum estado do Centro-Oeste ou do Haiti.

Nos últimos anos, o Brasil passou por graves surtos e epidemias. Em 2015, veio a epidemia de zika, junto com o aumento de casos de chicungunha. 2017 foi marcado pela maior epidemia de Febre Amarela silvestre no Sudeste do país. No início deste ano, os casos de dengue aumentaram cerca de 330% em relação ao mesmo período de 2018 e, atualmente, mais de 900 cidades estão em risco de epidemias de zika, dengue e chicungunha.

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