Moda e Beleza

Os tratamentos capilares que estão revolucionando o cuidado dos fios

A pele sempre foi o foco de cuidados ao longo da vida. Apesar do cabelo ter merecido tanto tratamento quanto a cútis — e mesmo recebendo cores e descolorações –, ele não atraiu tantas evoluções tecnológicas quando o rosto. Mas essa história está ganhando novos contornos com o crescimento da tricologia, o campo de estudo que se dedica ao nossos fios. Conversamos com o Dr. Alberto Cordeiro, dermatologista especialista em tricologia e cosmiatria, para saber sobre as principais novidades do assunto.

O cabelo envelhece, assim como a pele? Quais são os sinais de envelhecimento do cabelo?

Sim, o cabelo também envelhece assim como a pele. Os maiores efeitos são sentidos a partir dos 30 anos, quando começamos a notar que o cabelo já não tem a mesma força de crescimento. Ele não consegue atingir o mesmo comprimento dos anos anteriores, além de poder se tornar opaco, sem brilho, sem vida. Lembrando que, apesar da fibra capilar ser formada por queratina, o cabelo é uma estrutura totalmente dinâmica e ele é originado do bulbo capilar, que fica dentro do couro cabeludo e são células vivas que estão inteiramente funcionando e também mudam com o passar dos anos.

No caso das mulheres, como diferenciar a queda normal ao longo da idade com uma queda que precisa de uma ida ao dermatologista?

A queda de até cem fios de cabelo por dia é normal: é aquela queda que você pode encontrar alguns fios no ralo do banheiro, alguns fios quando acorda logo pela manhã no travesseiro ou que eventualmente que desprende quando a pessoa ou a mulher, mais especificamente, vai pentear o cabelo. Você começa a notar que ele está além do que o ideal quando o padrão muda. Então, você nota que tem mais cabelo no ralo do banheiro, que ele está desprendendo com mais facilidade ou mesmo nas suas fotos antigas você tem um padrão capilar que a agora você não tem mais, nota que o cabelo já não está conseguindo ter o mesmo volume do que antes, se tem uma falha no couro cabeludo ou não. É normal ter menos cabelo com o passar do tempo, mas tem que ser uma diminuição progressiva, não é de uma hora para outra. Quando é de uma hora para outra, que a gente chama de agudo, a gente tem que realmente procurar cuidado e procurar um dermatologista ou tricologista.

Como ter um envelhecimento saudável do cabelo — ex: protetor solar adianta? Ou é questão de alimentação, estilo de vida…?

O envelhecimento saudável do couro cabeludo passa pelo envelhecimento do organismo como um todo. Então, tudo que diz respeito ao estilo de vida como alimentação, atividade física, nível de stress, de poluição, sono, tudo isso vai influenciar no cabelo. Obviamente, o tratamento da fibra capilar é muito importante, e aí entra o protetor solar para o cabelo também, a hidratação e as máscaras capilares, o uso adequado de um xampu ou de um condicionador. Isso vai entrar em cuidado com a fibra do cabelo, mas a parte sistêmica que é a parte do organismo aí depende dos fatores que eu falei anteriormente: tudo isso vai influenciar.

Existem tratamentos que podem ser feitos para o envelhecimento saudável do cabelo?

Sim, e isso tem dado à tricologia, que é o estudo do fio do cabelo, da fibra capilar, do couro cabeludo, uma força muito grande. Hoje existem vários lasers, onde nós aplicamos no couro cabeludo para fazer uma reestruturação do colágeno naquele local, reestruturar o bulbo capilar, aumentar o aporte de sangue naquele local para que cheguem mais hormônios, cheguem mais nutrientes, cheguem mais vitaminas. Tem também vários tratamentos através de microinjeções para diminuir o stress oxidativo do couro cabeludo e do bulbo capilar, retardando o ritmo do envelhecimento.

Principalmente o laser de erbium para o couro cabeludo, a mesoterapia, ou seja, injeção de substâncias com microagulhas no couro cabeludo para fortalecer essa fibra capilar e também alguns tratamentos com led aplicado no couro cabeludo tanto em casa quanto no consultório médico são opções muito válidas. Além deles, o plasma rico em plaqueta (PRP) é um procedimento onde é utilizado o plasma, um material selecionado do sangue do próprio paciente. O plasma rico em plaqueta ainda não é difundido no Brasil, mas é um tratamento muito utilizado nos Estados Unidos e na Europa.

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