Gastronomia

10 mitos e verdades sobre o vinho

Ao longo dos séculos, o vinho sempre foi uma bebida envolta em uma aura de mistério e romantismo. A complexidade deste universo fez surgir mitos e verdades distorcidas, desde a suposta superioridade dos vinhos caros até as teorias sobre decantação e rolha.

Enquanto alguns enófilos afirmam que o preço de um vinho está diretamente relacionado à sua qualidade, outros defendem que é possível encontrar rótulos acessíveis que surpreendem até mesmo os paladares mais exigentes.

E quanto à rolha? Será que a forma como uma garrafa é vedada pode realmente influenciar no envelhecimento e sabor do vinho? A seguir, desvende dez mitos e verdades que permeiam o mundo dos vinhos.

1.Vinho branco combina com peixe e tinto com carne

Mito. É verdade que, em geral, o vinho branco acompanha melhor peixes e frutos do mar, por serem mais delicado, mas brancos estruturados e rosés ficam uma delícia também com mignon suíno, carnes brancas e, por que não, feijoada. E sabia que os portugueses tomam vinho tinto com bacalhau? Quando o assunto é harmonização de vinhos e comidas, não tenha medo de errar e experimente!

2.Pode-se guardar vinho depois de aberto?

Verdade. Na maioria dos casos, o vinho pode ser guardado por pouco tempo. Um tinto bem vedado, por exemplo, aguenta cerca de três a quatro dias na geladeira. Brancos e rosés podem durar até dois dias no refrigerador, já que são mais voláteis que os tintos e perdem mais facilmente os aromas. Espumante devem ser tomados assim que forem abertos, já que perdem o gás rapidamente. Vinho do Porto e Sauternes aguentam cerca de um mês depois de aberto; os fortificados da Ilha da Madeira duram um ano.

3.Cheirar a rolha serve para saber se o vinho está bom?

Mito. Cheirar a rolha é uma ação que não serve para nada, além de ser uma cena desagradável. A rolha pode indicar que o vinho está com algum problema e mostrar como está o estado de conservação de vinhos. Porém, pode acontecer de uma rolha estar excelente e o vinho estragado, e vice-versa. A melhor maneira de saber se o vinho está bom ou com algum defeito (conheça os principais) é cheirar a bebida na taça e, eventualmente, experimentá-la.

4.Vinho respira?

Verdade. Vinho é um produto vivo e respira em duas situações: quando você gira a taça ou quando usa um decanter. Ambas as ações servem para que a bebida entre em contato com o oxigênio e facilita a dissipação de compostos voláteis, fazendo com que os aromas apareçam mais facilmente. Portanto, girar a taça não é frescura, mas o primeiro passo para apreciar a bebida. O fato de o vinho ser um ser vivo explica porque com o passar do tempo, a bebida alcança seu auge, entra em declínio, “morre” e, por fim, vira vinagre.

5.No vinho fino doce vai açúcar?

Semiverdade. Pelo menos, não nos de qualidade. Durante a fermentação das uvas, as leveduras que estão na casca e as adicionadas pelo enólogo “comem” o açúcar da fruta e o transformam em álcool. Em alguns estilos de vinhos, quando a fermentação acaba ainda sobra um pouco de açúcar (o chamado açúcar residual), que determina a doçura da bebida. Em alguns países, é consentida a chaptalização, prática que consiste em adicionar sacarose ao mosto para elevar o teor alcóolico da bebida. Se o açúcar não for consumido inteiramente pelas leveduras e transformado em álcool, parte permanecerá na bebida.

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